terça-feira, julho 21, 2009

E é por isso que eu gosto lá de fora, porque sei que a falsidade não vigora.


Felicidade: sonho ou ilusão? De qualquer forma inatingível? Ou meramente efêmera e momentânea, passageira? Eis o mistério da fé. Amem.

sexta-feira, julho 17, 2009

Sobre o paradoxo de estar preso, mas ainda assim livre.‏


Eu queria ser aquele cara andando na rua. Aquele ali, do outro lado da calçada, passando por detrás daquela árvore de grande copa. Não! Eu não queria ser ele. Gostaria apenas de estar na rua agora, andando como ele.

Nem sei para onde eu iria, acho que simplesmente vagaria sem rumo e sem destino, com o sol obrigando-me a cerrar levemente os olhos e o vento frio esfriando a minha espinha quando cruzo as sombras dos prédios. Caminharia olhando para o chão, sentindo a sua firmeza empurrando-me adiante e acompanhando a sequencia de meus próprios passos. Após algum tempo, isso já não seria suficiente. Então, eu levantaria os olhos e passaria a acompanhar a movimentação das pessoas, dos carros, do vento nas árvores. Seria um espanto, pois somente então os sons passariam a fazer sentido, pois se combinariam às vívidas e coloridas imagens da rua. Os carros passariam rápidos demais, as pessoas passariam rápidas demais, o tempo passaria rápido demais. Haveria alguma discussão (pois sempre há alguma discussão) que desviaria minha atenção por alguns instantes e me faria reduzir o ritmo, apenas por curiosidade.

Em certo momento, o horizonte também não seria mais o bastante. Minha peregrinação passaria a manter os olhos acima da linha do horizonte, acompanhando as nuvens e suas curiosas e estranhas formações. Os topos dos prédios passariam a ser bravos guerreiros que anseiam por alcançar o céu. Veria os pássaros, voando, planando sobre o que melhor se entende por liberdade.

E finalmente o tempo passaria em seu devido tempo, nem tão lento como agora, nem tão rápido quanto antes.