terça-feira, dezembro 07, 2010

(ainda me doía) o sonho de outro dia.


Você estava com outro e sorria.
Eu era espectador. Resignado,
Observava à distância.
No peito, coração apertado.

Eu lhe queria por perto,
Mas a razão racionalizava.
Eu obedecia, irrequieto;
A emoção contrariava.

Nada havia a ser dito,
Mas era certo ficar calado?
O coração golpeava solícito,
Repleto de anseios passados.

Você me via, mas me ignorava.
Eu sorria e você silenciava.
Era você disfarçando, eu assistindo;
Eu me declarando, você resistindo.

Era sonho, mas eu não sabia;
Ainda que soubesse, não sei o que faria.
Era sonho, então logo acordei.
Versifico apenas o que lembrei.