quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Nostalgia.


Com cada pessoa,
alguns momentos.
Mas somente as coisas boas
é que se guardam no tempo.
Tempo, esse, gravado
na lembrança,
que ao passado
conservar não cansa.

Estático, imutável,
o que passou, se foi.
Um segundo, ou dois.
Uma foto amável,
agora amarela, mas bela;
agora apagada, cansada.
Sem forças, ouça
ao cantar calado
da trilha sonora
da memória.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Curto e completo.


Um dia, uma noite, uma tarde, uma manhã. Um alarde, um problema, uma solução. Uma despedida, uma tristeza, uma paixão. Em um dia, uma noite, uma tarde, uma manhã.

Amizade é olho. É arrepio ao tocar. É prazer tê-la.

Uns versos perdidos (ou noite insone).


A noite passou em claro
e pensei no nada.
Noite clara noite.
Andei pensando na vida
e pensei no nada.
Foi aí que descobri
o sentido de tudo:
sentido não há,
isso lhe digo.
Mas não foi preciso pensar;
sei pois vivo.

Isto não é um post.


Não tô afim de escrever. Por isso resolvi não escrever hoje. Poderia até dizer aqui que o mundo vai acabar, mais dia, menos dia. Mas não vou falar isso. Não vou tecer nenhum comentário sobre o fato de que, recentemente, vários pesquisadores do mundo inteiro avisaram que a Terra, em cem anos, estará acabada. Nem vou dizer que a culpa é do aquecimento global, cuja culpa é do homem.

Poderia dizer que a morte do menino no Rio de Janeiro foi uma barbaridade. Mas, é só ocorrer uma outra tragédia para esquecermos do pobre João. João... Não quero falar que todo mundo agora quer reduzir a maioridade penal, colocando a culpa no sistema penal-penitenciário falho e esquecendo que o problema está mais embaixo. Falta estrutura, falta educação, eu poderia falar. Mas não.

Até poderia falar que o Brasil anda mal, muito mal, de mal a pior. Mas isso é lugar comum, todo mundo diz, faz uns 25 anos. Pelo menos desde que eu nasci.

Mas, não estou afim de escrever. E acho que não escrever já basta. Então, isto não é um post. E vocês não leram essas linhas tortas.