sábado, setembro 11, 2010

London Skies.


Londres, a cidade cinza. Pelo menos essa é a imagem mental coletiva que prevalece quando se fala da cidade construída às margens do Rio Tâmisa. Mas... há sempre um "mas". Em determinados momentos, essa realidade cinza não se confirma e o céu londrino deixa de fazer jus à sua fama "monocolorida". Essa é a impressão que tenho agora. Depois de um mês morando aqui, já vi verdadeiras pinturas no céu de Londres.

Na minha imaginação, há uma artista maluca (somente uma mulher poderia conhecer tantas cores) que mora entre as nuvens e o Sol, e que, entre uma pancada de chuva e outra, pinta seus delírios coloridos nas brancas nuvens que se destacam sobre o fundo azul. As nuvens são suas telas, o azul do céu a moldura para suas pinturas.


O verão londrino me surpreendeu: dias nublados e frios seguidos de dias de céu ensolardo e nuvens pintadas em tons que variam do amarelo ao violeta, passando pelo laranja e o vermelho.


Em um dia ensolarado, sem nenhuma nuvem, o céu pode até mesmo adotar a cor verde-clara, só para melhor emoldurar o Big Ben.


O cair da noite também surpreende. Diferente do que ocorre na cidade de São Paulo, que matou o horizonte com seus inúmeros prédios e tanta poluição, olhar o céu de Londres durante o crepúsculo permite acompanhar o ocaso do dia e a chegada da noite, em tonalidades de azul e verde.


Ok, tecnicamente, ainda é verão por estes lados (sim, tecnicamente, pois o verão aqui é bastante frio para os padrões brasileiros) e o inverno será MUITO diferente. Mas, por enquanto, mesmo nos dias de chuva, o céu teima em surpreender.


Espero que eu possa também vir a admirar o inverno londrino. Talvez eu consiga, inspirado por Jamie Cullum na música London Skies:
Nothing is certain except everything you know can change
You worship the sun but now can you fall for the rain...