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Voar devia ser obrigatório, algo nato. Poder seguir os alíseos e planar pelos trópicos, sem destino. Mas voar não é para qualquer um. É preciso um quê de irresponsabilidade. Essa noite sonhei que voava. E o frio na barriga foi o mais real que já senti em minha vida, ainda que em sonho. Acordei e fiz alguma coisa que se parece com um poema (inacabado, acho), que resume o que sonhei:Essa noite sonhei que voava.Sem asas.Voava alto como um passarinho.Voava sozinho.Os ventos mudavam meu rumo.Voava sem prumo.Encolhia-me e mergulhava no vazio.Pousava macio.
Pense que pode viver,mas saiba que não é eterna.Saiba que pode morrer,e restar tranquila e serena.A morte não dói a ninguém,a não ser para quem por cá fica,pois, logo depois do amém,volta à vida, menos rica.Venha comigo vivera felicidade miúda diáriaque preservei pra você.Os amigos vão lhe reerguere ajudar a sofrer essa dorque guarda, sozinha, sem esquecer.