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domingo, junho 12, 2011

Tecnologia: vício consciente?

Interessante este texto, para reflexão.

Tenho pensado bastante sobre um assunto relacionado a ele: muitas vezes sinto-me refém da tecnologia. Algo como um "vício consciente", que reconheço como tomando muito mais do meu tempo em determinados momentos do que eu gostaria, mas que, ainda sim, não consigo deixar de lado. A tecnologia pode ser uma distração constante, irritante. Ao mesmo tempo, permite coisas até pouco tempo impensáveis: guardar todas as músicas preferidas em uma caixa de fósforos ou carregar uma biblioteca inteira em um único livro. 

Talvez seja uma questão de saber encontrar o ponto de equilíbrio.

Qual a sua relação com a tecnologia?

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

O que você estará fazendo daqui cinco anos?


O que você estará fazendo daqui cinco anos?


Terminando o último ano do colégio, da faculdade, do mestrado, do pós-doutorado? Decidindo se vai estudar Medicina ou Artes do Corpo? Ou se arrependendo de ter feito Ciências da Computação? Entrando na igreja pra casar com o/a namorado/a recente, desconhecido/a, antigo/a, de infância? Ou dizendo não no altar? Tendo o primeiro, o segundo, o terceiro, o quarto filho? Ou decidindo que não quer ter filhos e que é isso mesmo? Sendo promovida/o para o cargo que você tanto queria? Adorando cada dia de trabalho, como se fosse o primeiro? Trabalhando no mesmo lugar, apesar de sofrer diariamente com isso? Trocando de profissão, buscando algo que a/o faça feliz? Enchendo a cara todos os dias para aturar o trânsito, a poluição, as responsabilidades, a pressão, a rotina? Reencontrando velhos amigos que há cinco anos você não vê?


O que você estará fazendo daqui a cinco anos? É isso mesmo que você quer? Você pensou, planejou, refletiu e decidiu isso para você?


Tudo que acontece em nossas vidas é nossa única e exclusiva responsabilidade. É fácil deixar-se levar com o auto-engano do cérebro ativado e descobrir milhares de motivos que confortam e justificam as coisas que não aconteceram do jeito que a gente queria. A verdade é que tudo o que acontece é fruto direto de uma decisão tomada em algum momento. Daqui a cinco anos você pode estar fazendo algo que você quer muito ou pode simplesmente estar sendo levada/o pela rotina. E a rotina é uma merda. Ela limita, tira o foco, domestica seus instintos, desvirtua suas vontades, faz até mesmo você pensar que quer algo que, na verdade, você nunca nem desejou.


Vivamos, sobrevivamos, sigamos em frente – porque não há outro caminho a seguir. Mas paremos, pensemos, reflitamos. A vida é nossa, as decisões são nossas. Ninguém pode decidir por nós. Daqui a cinco anos talvez não nos importemos mais com tudo isso, talvez não saibamos mesmo o que queremos e... a vida é assim mesmo, paciência. Talvez daqui a cinco nem nos falemos mais. Ou, quem sabe, em cinco anos, provaremos o contrário e nos encontraremos para tomar um açaí com goiaba ou um chopp gelado. E o assunto desse nosso encontro dependerá das decisões que estamos tomando hoje.


Trilha sonora sugerida: Noah and The Whales performing ‘5 years time’:






segunda-feira, novembro 01, 2010

Limpeza de frases guardadas.


Frases e idéias soltas que nunca consegui transformar em textos maiores, personagens completas ou poemas.

'A razão maltrata o coração. O acaso nos proporciona as melhores experiências de vida'.

'Quero tudo que me é permitido, tudo que me é proibido. Quero tanto e nada faço. Revolto-me em silêncio. Sigo sem compasso'.

'Reluto em aceitar o sangue errante que pulsa em minhas veias; disfarço e faço acreditarem que me sinto parte disso tudo'.

'I once gave you the butterflies / now I only see your sorrow eyes / I know it was all my fault / but I really wish you still were my pal'.

quinta-feira, julho 22, 2010

Pensamentos de uma noite escura.


Revirando meu caderno de anotações, encontrei esse rascunho, escrito no dia do apagão, em novembro de 2009.

Talvez seja intempestivo, como de fato quase tudo o é nesses dias de conectividade absoluta e ininterrupta. Mas essas palavras tem a sua importância (ao menos para mim).

* * *

(23h27, 12 de novembro de 2009)

1. Estou aproveitando o apagão (e o refluxo) para escrever, porque só ouvir rádio e pensar não está funcionando.

2. Eu estava voltando para casa, na Rua França Pinto, quando tudo apagou. O mais estranho é que alguns carros parados na rua começaram a apitar o alarme no exato mesmo segundo em que o apagão aconteceu. Não entendi nada. Na hora, achei até que tivesse sido uma descarga elétrica, algo localizado na região, porém, na sequência, já imaginei algo maior, porque a rua estava muito escura. Só depois foi entender o que estava acontecendo, quando liguei o rádio.

3. Há 10 anos (em 1999) aconteceu a mesma coisa (mas eu tava na Nova Zelândia!). O pessoal da oposição deve estar comemorando, pensando em usar isso contra a Dilma no ano que vem (em 2010). [Nota de Atualização: acho que usaram mesmo esse episódio um pouco, mas nada que tenha abalado a canditatura Dilma]

4. Tem uma doida na rádio viajando na maionese, dizendo que a culpa é do Lula, que reduziu o IPI da linha branca; tinha que ser carioca! (haha, nada contra, adoro o RJ. É que o sotaque dela é exageradamente exagerado).

5. Acabei de ouvir que o problema é em Itaipu. Só podia. O Brasil depende demais dessa usina hidrelétrica.

6. É engraçado. Na hora que a luz apagou de vez aqui em casa (demorou quase 30 minutos depois do primeiro apagão), eu logo pensei nas pessoas que mais gosto e que me fazem falta, mas não consegui falar com ninguém. Nem os celulares estão funcionando. [N.A.: o que era um tanto óbvio, mas que não pensei no dia]

7. Impressionante como somos absolutamente dependentes da energia elétrica. Faz cerca de um mês eu andei pensando exatamente nisso: como seria difícil viver sem energia elétrica hoje em dia. Tudo, tudo!, funciona por conta da energia elétrica... Mas é óbvio que, pior do que ficar sem luz, é ficar sem água. Daí não tem condições, definitivamente.

8. Escrevendo à luz de vela. Acho que nunca havia feito isso. E estou torcendo para a luz não voltar e ninguém precisar ir trabalhar amanhã... [N.A.: A luz voltou...]

9. Agora começam as hipóteses: foi em Itaipu. Não sabem o porquê ainda. Estão dizendo ser fator externo (tempestades). Já está todo mundo correndo pra dizer que não tem nada a ver com o apagão de 1999 e o racionamento de 2001.

10. Nessas horas faz falta o computador e estar conectado. Aí dá pra questionar se estamos desaprendendo a ficar sozinhos, pois a toda hora podemos estar online, conversando com algúem. Pode passar a falsa impressão de estarmos acompanhados. O que é, sim, verdade. [N.A.: essa frase não está fazendo sentido. Pelo menos, não mais. Mas na época devia dizer algo. Bom, ficará aqui registrada]

* * *

Foi preciso que acabasse a energia elétrica para que naquela noite eu fugisse da rotina e, então, resolvesse me ouvir. E foi preciso que o James Siqueira escrevesse esse texto para que eu encontrasse o rascunho acima e o postasse aqui.